13/04/2010

Aos cavalheiros, apenas.


Vou falar de algumas coisas nada r0x nesse post.

Nesse final de semana eu fiquei chateada com algumas coisas que aconteceram a uma amiga muito querida. E me lembrei de situações pelas quais já passei e que não acrescentaram em nada na minha vida, muito pelo contrário; essas situações têm a capacidade de jogar o humor de uma mulher para perto de zero kelvin, além de magoar o âmago da feminilidade, em maior ou menor grau. Digo isso porque é comum por parte de um cavalheiro, dizer que "era brincadeira", ou "você não pensou que eu falava sério, não é?", depois de ver na face de uma dama, que suas palavras foram desastrosas.

Perceba que eu disse ferir o "âmago da feminilidade". Isso significa que não necessariamente ela fique chateada. Talvez até leve na brincadeira, e esqueça o ocorrido logo em seguida. Mas depois, é como se uma força invisível a fizesse chorar sem motivo. Somos expostas a uma série de situações que nos causam pequenos, às vezes minúsculos ferimentos. Chega um momento em que não se é mais capaz de disfarçar o óbvio: somos maltratadas e desrespeitadas. Parte das vezes esse desrespeito é de outrem. Parte das vezes, porém, vem de nos mesmas.

Mas essa é uma seara na qual enveredo mais profundamente em outra oportunidade. Agora quero me deter em coisas simples, bobas, mas que podem e devem ser evitadas. Claro, quando eu digo que podem e devem ser evitadas, estou me direcionando aos cavalheiros, já que outros tipos de rapazes não entendem a importância e complexidade dos fatos a este assunto ligados. Não os culpo. Nem tenho poder de repreendê-los. Mas os ignoro para minha própria felicidade. E isto não é certo, nem tampouco errado: é uma escolha.


*1* O cavalheiro, tendo convidado uma dama para ir ao cinema, e tendo ela concordado, deve entender  que ela concordou em ir ao cinema. E ir ao cinema significa assistir um filme. Ponto final. Uma sala escura não aumenta seus direitos na relação, a não ser que expressamente explicitados pela dama. Um vestido curto ou uma saia não dizem expressamente que seus direitos aumentaram. Um vestido muito curto ou uma saia muito curta podem estar dizendo que você tem maiores direitos; nesse caso é bastante provável que não seja uma dama a sua companhia.


*2* Se a amiga/namorada/companheira/etc diz que faz aulas de dança, e essa dança é encarada - de forma leiga ou não - pela sociedade em geral como algo sedutor, o cavalheiro não deve fazer o seguinte comentário: "e vai dançar pra mim quando?", ou "e quando é que eu vou sentir esse seu cheirinho de perto?", ou ainda "e quando é que eu vou poder agarrar você, na dança, é claro!?", e quaisquer outros comentários semelhantes.


*3* Jamais, em hipótese alguma, despreze uma demostração de caráter romântico de uma dama. Ainda que o cavalheiro não seja romântico ou não saiba lidar com a situação de forma romântica, deve demonstrar afeto e, principalmente, que os devaneios românticos da dama não são motivo de piada, mas algo que ele entende a importância, ainda não entenda a finalidade.

Por hoje é só. Continuaremos o post oportunamente. Comentários sobre o assunto são super bem vindos, ainda mais porque podem ser úteis para a formulação do post de continuação deste. Beijos açucarados.

4 comentários:

Borboleta Roxa disse...

Estou passando para fazer uma pequena sugestão: não gostei do contraste do fundo com a cor do texto. Achei que ficou ruim para ler.
Beijo!

Unknown disse...

muito pertinentes as observações, parabéns.

Eu acredito que o que ocorre na verdade é uma decadência ou descrença na perpetuação de determinadas condutas tão praticadas pelos homens num passado recente.
Antigamente o homem necessitava da sensibilidde, da delicadeza, do cavalheirismo brotando de seus poros, pois só assim teria alguma chance com alguma dama. Com o tempo esse tipo de comportamente se tornava algo natural, espontâneo e o glamour e charme dos homens era algo quase que irresistível e altamente admirado pelas mulheres.

Contudo, as coisas mudam e hoje em dia tais comportamentos não sao vistos como tão necessário no universo masculino, e mesmo entre as mulheres já existe certa dispensa em certos formalismos e posturas. Talvez, e faço parte dessa corrente, deveria haver um "Renascimento cavalheiresco" nas relações afetivas mas como isso pode ocorrer é que é uma pergunta difícil de ser respondida. Alguém se habilita?

Sidhe Storm disse...

oiê anninha! eu sei, eu sei, mas fundo preto é compicado mesmo. vamos esperar a fase r0x passar pra ver se melhora, ok?!
:D

Sidhe Storm disse...

Oi Vitor, que bom saber que vc ainda passa por aqui! Suas observações são igualmente pertinentes. E quanto à pergunta final, acho que vou abordar em breve. Mas vai pra cá:
La fleur de Cerisier