20/04/2012
19/04/2012
Ritual
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
por 7 vezes.
E por fim, me darás a chave?
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
Exorcizando e purificando...
por 7 vezes.
E por fim, me darás a chave?
Canção Póstuma
Canção Póstuma
Fiz uma canção para dar-te;
porém tu já estavas morrendo.
A Morte é um poderoso vento.
E é um suspiro tão tímido, a Arte...
É um suspiro tímido e breve
como o da respiração diária.
Choro de pomba. E a Morte é uma águia
cujo grito ninguém descreve.
Vim cantar-te a canção do mundo,
mas estás de ouvidos fechados
para os meus lábios inexatos,
— atento a um canto mais profundo.
E estou como alguém que chegasse
ao centro do mar, comparando
aquele universo de pranto
com a lágrima da sua face.
E agora fecho grandes portas
sobre a canção que chegou tarde.
E sofro sem saber de que Arte
se ocupam as pessoas mortas.
Por isso é tão desesperada
a pequena, humana cantiga.
Talvez dure mais do que a vida.
Mas à Morte não diz mais nada.
Cecília Meireles, in 'Retrato Natural'
18/04/2012
Perdendo meus pedaços
Perdi o sono,
Perdi a fome,
Perdi a vontade de dançar,
Perdi a alegria e a espontaneidade que sempre tive,
Perdi a força para lutar,
Perdi objetivos,
Perdi vontades,
Perdi desejos.
Perdi você.
Que mais vou perder enquanto viver...?
Perdi a fome,
Perdi a vontade de dançar,
Perdi a alegria e a espontaneidade que sempre tive,
Perdi a força para lutar,
Perdi objetivos,
Perdi vontades,
Perdi desejos.
Perdi você.
Que mais vou perder enquanto viver...?
17/04/2012
Dying Softly
No seu silêncio pude ouvir trovões, e eles eram meu chamado, e eu fui ter com eles... E lá fiquei. No trono da tempestade.
16/04/2012
04/04/2012
Sad Doll in the Bubble World
Not happy at all...
As bolhas de sabão vão passando ao meu redor em seu movimento lento e flutuante. Toco-as vorazmente no intuito de lhes tomar a alma: uma espécie de alma colorida, um arco-íris encerrado em seu interior.
Não consigo capturá-la...
A cada tentativa a morte de uma bolha em meus dedos.
As sobreviventes continuam um ballet brilhante, cheio de cores e reflexos. Sua delicadeza me hipnotiza e já não quero mais caçá-las, apenas contemplá-las. Como são belas! Devem ser bolhas encantadas.
As que morreram estouradas por meus dedos... triste. Ou estão libertas de sua forma e do incessante movimento: o flutuar? Sim, sua alma - o arco-íris - foi liberto da forma esférica, está livre. Livre, porém não se manifesta. Sem corpo, não vejo sua doçura e encantamento. Para onde vão, sem sua forma? Sozinhas também.
Talvez, se eu não tentasse agarrar suas almas, elas não estariam sozinhas. E continuariam a bailar com suas cores fantásticas uma música tácita. Mas e minha alma, onde a encontro? Quero sentir também as minhas cores.
Onde está você, essência!? Eu vou continuar procurando...
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