12/01/2012

04/01/12

04/01/12

Estacionei o carro quase em frente à padaria. Enquanto me ajeitava para sair olhei de relance para o outro lado da rua e um senhor deteve meu olhar. Era magro, judiado pelo sol, rosto enrugado. Usava uma camisa social verde escura, aberta no peito, calça social preta, um sapato e uma mochila esporte nas costas. Na calçada, bem próximo da rua, ele se abaixa e, com a mão em concha, pega água da sarjeta e passa no rosto e no peito, refrescando-se. Em seguida, olha o movimento da rua e cruza ao outro lado. Eu fico no carro, observando. Ele entra na padaria, seu caminhar é pouco confiante, confuso e indeciso. Sai de lá em menos de um minuto, sem nada nas mãos, com a mesma mochila nas costas, com o mesmo caminhar... não parecia bêbado, mas parecia perdido.

Nenhum comentário: